segunda-feira, outubro 19

Bela

Um dia ali passei, olhei aquela rosa, e me declarei,
Dizia Eu à Ela:

Ah, quando tu precisares de ar, me tornarei para que tu respires.
E o sol que te toca, roubarei a luminescência somente para te dar,
Quando precisares do frescor da água, tirarei de mim o meu teor, somente para lhe confortar.

Ah, quando teu perfume denovo surgir, não sei se vou resistir.
Se eu pudesse trazer-te para mim, tu morrerias,
Morrerias em meus braços, e a saudade apertaria fortemente amarrada entre laços.

Quão linda tuas pétalas são, ferida tu ficas quando elas caem ao chão.
Posso colhe-las e acolhe-la em meus braços,
Assim poderia ter-te no eterno de minha memória,
Mas no meu presente a teria ausente.

Impossível, é passar sem lhe notar,
Bela tu és, tão nitidamente deslumbrante tu és,
Teus espinhos não podem me ferir, pois,
Lindo é meu amor que tenho por ti..

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